Economia

Dívida pública volta a cair em agosto e atinge R$ 5,78 trilhões, diz Tesouro Nacional

Por Portal NC

28/09/2022 às 15:32:23 - Atualizado há
Dívida é emitida pelo Tesouro para financiar déficit orçamentário do governo. Queda verificada em agosto está relacionada com alto volume de vencimentos de títulos públicos. A dívida pública brasileira recuou 0,4% em agosto deste ano e atingiu R$ 5,78 trilhões, informou nesta quarta-feira (28) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em julho, o endividamento estava em 5,8 trilhões.

Esse foi o segundo mês seguido de recuo da dívida pública. Em julho, a queda foi de 0,7%.

A dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar as despesas do governo acima da arrecadação com impostos e contribuições.

"O mês de agosto foi marcado pela melhora do mercado externo, com dados econômicos mostrando a inflação mais contida nos Estados Unidos, o que impulsionou o apetite por ativos emergentes [facilitando a emissão de papeis]", informou o Tesouro Nacional.

Após a dívida ter aumentado 12% no ano passado, a expectativa inicial do governo era de que o indicador fechasse 2022 em viés de alta, em um patamar entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões. A previsão oficial não foi revisada.

Emissões e resgates

De acordo com o Tesouro, a diminuição da dívida pública no mês passado está relacionada com alto volume de vencimentos de títulos públicos, no valor de R$ 197 bilhões, de um total de R$ 200 bilhões resgatados.

Ao mesmo tempo, a instituição emitiu R$ 143,9 bilhões em agosto. Com isso, foi registrado um "resgate líquido", acima do volume de emissões, de R$ 56,6 bilhões. Já as despesas com juros somaram R$ 33,6 bilhões no período.

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Início de setembro

Em setembro, porém, a instituição informou que houve um movimento contrário, de "aversão ao risco" por conta da subida de juros implementada pelos Bancos Centrais ao redor do mundo para conter a persistência da inflação.

"O ajuste nas taxas de juros de países centrais gerou movimento de aversão ao risco, o que penalizou economias emergentes", informou, acrescentando que o risco Brasil (custo de tomar empréstimos no exterior, acima da taxa dos EUA) subiu 11,2%.
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