A prefeitura de Marília (SP) foi multada em cerca de R$ 11,5 mil por novas supostas irregularidades na área de transbordo no lixo domiciliar, localizado na estrada vicinal que liga a cidade ao distrito de Avencas, na zona oeste.
A atuação foi feita pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) na semana passada, mas a autarquia constatou os problemas no local em vistoria realizada no dia 27 de setembro.
"Foi constatado que a prefeitura continua a permitir que caminhões transportadores de caçambas, com resíduos diversos, que não os domiciliares, acessem a área do pátio de descarregamento, para posterior encaminhamento, pelos caminhões da Prefeitura, ao aterro privado da Revita", disse a Cetesb.
Em nota, a administração municipal informou que está recorrendo da multa. A alegação é de que houve uma emergência naquela ocasião, envolvendo um caminhão quebrado. Os resíduos foram sido retirados do local no dia seguinte, segundo versão do Executivo.
A Cetesb afirmou, ainda, que "o procedimento é irregular, motivo pelo qual a municipalidade será penalizada, com exigência para impedir, de imediato, o acesso de pessoas, veículos e caminhões na área do transbordo, de modo a cessar a disposição irregular de resíduos de qualquer natureza no local".
Durante aproximadamente 10 anos, Marília dependeu do transbordo do lixo domiciliar produzido na cidade, pois não contava com aterro sanitário regularizado. Os resíduos domésticos eram levados até a área na estrada para Avencas para, depois, seguirem até outras cidades como destino final.
Em agosto deste ano a administração municipal assinou contrato para destinação do lixo até aterro privado da empresa Revita, que entrou em operação na cidade recentemente. A empresa é a mesma que realizava o transporte do lixo gerado no município.
O problema constatado na Cetesb é que foi constatada a presença de resíduos não autorizados na área de transbordo, que se esperava entrar em desuso, inclusive, após a nova contratação de destinação direta até o aterro.
