Ações da Lilly caíram 4% nesta sexta-feira (11) depois que conta falsa fez o post. Twitter
AP
A mudança no Twitter que permite pagar para obter o selo de verificado causou prejuízos para uma farmacêutica nos Estados Unidos. A Lilly registrou uma queda de 4% nas ações nesta sexta-feira (11), um dia depois que um perfil fake da empresa comprou o selo azul e fez um post dizendo que daria insulina "de graça".
"Estamos animados em anunciar que a insulina é gratuita agora", postou a conta falsa na última quinta-feira (10).
Tuíte em perfil fake da farmacêutica Lilly sobre oferta de insulina grátis
Reprodução/Twitter
Horas depois, a Lilly usou seu perfil na rede social para explicar que a declaração mentirosa foi feita por uma conta que se fazia passar pela farmacêutica. "Pedimos desculpas àqueles que receberam uma mensagem enganosa de uma conta falsa da Lilly", publicou a companhia.
Farmacêutica Lilly pede desculpas por mensagem enganosa em perfil fake
Reprodução/Twitter
Depois do esclarecimento da conta oficial, outra conta fake se passou pela Lilly para publicar o que supostamente seria o comunicado verdadeiro.
As postagens das duas contas falsas não estão mais disponíveis na rede social.
A polêmica do selo
O selo de azul de verificação no Twitter já passou por um vai e vem de mudanças desde que a rede social foi comprada por Elon Musk, há duas semanas.
Antes, o rótulo só era oferecido pela própria rede social para "contas ativas, notáveis e autênticas de interesse público".
Com Musk no comando, os usuários puderam assinar uma nova versão paga do serviço Twitter Blue por US$ 8 (cerca de R$ 40) e ganhar o verificado mesmo sem cumprir as regras antigas.
A mudança fez o Twitter anunciar na terça-feira (8) que criaria um outro selo, com a palavra "Oficial" e na cor cinza, para as contas que realmente têm grande visibilidade.
Na quarta (9), Musk disse que tinha matado o rótulo cinza, mas nesta sexta, a rede social voltou atrás e afirmou que voltaria a mostra-lo.
"Para combater a falsificação de identidade, adicionamos um rótulo 'Oficial' a algumas contas", tuitou a página de suporte do Twitter.
A possibilidade de comprar o selo azul de "verificado" tem gerado piadas por parte dos usuários e deu até um selo de verificado para a conta @Jesus.
Algumas personalidades encontraram páginas de si próprias que não eram verdadeiras, caso do ex-presidente dos EUA Donald Trump, do astro do basquete Lebron James e do personagem fictício Mario Bros.
Mensagem exibida no perfil @Jesus no Twitter mostra que a conta recebeu o selo azul, de verificada, por assinar a versão paga do Twitter Blue, que custa US$ 8 por mês
Reprodução/Twitter/@Jesus
