Economia

'Sala de guerra' do Google para a Black Friday teve clima de bolsa de valores com gritaria, ligações e energético

Por Portal NC

26/11/2022 às 14:34:28 - Atualizado há
Times de engenharia e vendas analisaram dados de busca em tempo real. Varejistas e marcas se baseiam nas análises para decidir promoções. Conheça a 'sala de guerra' do Google para a Black Friday

Você sabe o que acontece quando pesquisa no Google um produto que está namorando na Black Friday? Os dados que você busca (e os seus) são processados pelo time de engenharia da empresa, que faz análises em tempo real e segmentadas por categorias, produtos e regiões.

Veja fotos da Black Friday pelo Brasil

E pelo mundo

Ele mede o interesse das pessoas e cria um painel de subidas e quedas em tempo real. Com esses dados em mãos, os times de vendas passam relatórios para empresas, varejistas, marcas, mercados e lojas online.

'Sala de guerra' do Google na Black Friday

Pablo Vaz/g1

Quando identificam um aumento crescente da procura por um determinado item, correm para ligar para essas empresas e dar o comando: "agora é a hora de colocar desconto, aproveita!", como se fosse uma bolsa de valores antiga.

Essas salas cheias de computadores e pessoas ao telefone é chamada de “War Room” ("sala de guerra") e funcionou a todo vapor na véspera e durante a Black Friday, durante as 24 horas do dia. O clima na sala durante a última quinta-feira (24) era de gritaria, samba e muito energético pra dar conta das demandas.

No painel, as buscas feitas pelos consumidores

Pablo Vaz/g1

Nessa sala, por exemplo, foi possível identificar o aumento da procura por camisetas de treino da seleção brasileira antes do jogo de estreia da Copa, que ainda não estavam sendo promocionadas, segundo Bruno Affonso, líder de Insights e Analytics para o Varejo do Google.

Equipe do Google 'concentrada' na véspera da Black Friday

Pablo Vaz/g1

Affonso também diz que o pico de interesse muda muito rapidamente e responde a estímulos, como esse da camiseta.

Segundo a líder de Commerce para médias empresas da companhia, Fernanda Bromfman, esse pico ficou mais variado este ano, com produtos de mais categorias estando entre os queridinhos dos consumidores do que nos outros anos. Nesta semana, por exemplo, pipoca, cerveja e protetor solar tiveram bons desempenhos, além dos itens mais tradicionais da Black Friday e da Copa.

Equipe do Google comemora resultados da operação

Pablo Vaz/g1

Não é só a empresa de tecnologia que trabalha com essas “salas de guerra”.

As grandes lojas também fazem seus QGs na véspera e no dia de promoções. O vice-presidente comercial e de operações da Via, Abel Ornelas, conta que uma equipe estava em uma salinha bem parecida, analisando esses dados também em tempo real para criar os saldões das lojas físicas e dos sites das lojas do grupo.
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