Economia

Após chuvas, lavouras de pimenta-rosa seguem alagadas no ES e produtores calculam prejuízos

Por Portal NC

05/01/2023 às 15:25:16 - Atualizado há
Lavouras inteiras de pimenta-rosa foram alagadas e algumas propriedades continuam com os acessos obstruídos devido aos solo encharcado. Produtores de pimenta em São Mateus ainda estão com lavouras alagadas pelas chuvas

Mesmo após as chuvas cessarem na Região Norte do Espírito Santo, os prejuízos ainda estão longe de ser mensurados. De acordo com produtores rurais de São Mateus, lavouras inteiras de pimenta-rosa foram alagadas e algumas propriedades continuam com os acessos obstruídos devido aos solo encharcado.

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O produtor rural Magno Carlos Ronquetti disse que perdeu toda a produção de pimenta-rosa, assim como cerca de 60 produtores da região onde mora.

"Eu perdi tudo, 3.500 pés de pimenta. Tem vizinhos que também perderam tudo. Nós todos, produtores de pimenta, estamos passando pela mesma situação. A gente tentou máquina, tentou cavar vala, mas a máquinas não conseguem transitar dentro da roça", disse Magno.

O produtor rural Magno Carlos Ronquetti perdeu toda a plantão de pimenta-rosa em São Mateus, no ES

Reprodução/TV Gazeta

Já a produtora rural Ana Paula Martin tinha uma plantação de pimenta-rosa localizada em uma lagoa que estava seca há anos

"Nós chegamos a dois metros e, aproximadamente, 900mm de água. Essa lagoa há muito tempo não enchia, e agora veio a chuva enchendo e nos prejudicando com algumas plantas da pimenta-rosa. A nossa perda vai ser de, aproximadamente, 40%", disse a produtora.

Segundo a trabalhadora, é preciso esperar a água secar para calcular todo o prejuízo.

"Mais de 100 pés perdidos, a gente vai aguardar o lençol freático descer pra ver se a planta recupera ou então fazer um novo plantio", disse Ana Paula.

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Monitoramento

Produção de piementa-rosa, em São Mateus, no ES, foi tomada pela água das chuvas.

Reprodução/TV Gazeta

Devido à obstrução que das estradas que dão acesso às propriedades rurais, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) ainda está fazendo um monitoramento das áreas atingidas.

Segundo o engenheiro agrônomo do instituto, João Henrique Trevisine, o órgão não tinha dimensão dos estragos.

"Apesar de ter acesso aos vídeos, as mensagens de alerta, estamos surpresos com a magnitude e com o tempo que isso vai demorar pra sanar todo esse evento que ocorreu nos últimos dois meses", disse João Henrique.

Prejuízos ainda estão sendo calculados pro produtores rurais de São Mateus, Norte do ES

Reprodução/TV Gazeta

O engenheiro explicou que, neste momento, os produtores rurais devem aguardar a água secar para que algo seja feito e, futuramente, evitar culturas maus sensíveis.

"Tem muita pouca coisa pra fazer nesse instante. Agora é aguardar, esperar essa água reduzir o volume, secar um pouco. E aí vamos rodar as propriedades e mapear esses pontos onde ocorreram esses eventos de encharcamento ou alagamento. Em seguida, vamos começar a fazer projeções futuras de planejamento de plantio e evitar culturas mais sensíveis, como pimenta-do-reino e mamãe, que são mais sensíveis à encharcamento", disse.

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