Pompeia

DHS alerta sobre aumento de internações de crianças com síndromes gripais

"Baixa taxa de vacinação além da circulação de diferentes vírus ao mesmo tempo, são apontadas por médicos como alguns dos motivos para este aumento"

Por Divulgação/DHS

23/03/2023 às 12:03:39 - Atualizado há
O Departamento de Higiene e Saúde de Pompeia, por meio das Unidades de Saúde e da Santa Casa do Município, acendeu o sinal de alerta ao observar um aumento significativo no número de internações de crianças com doenças respiratórias. A baixa taxa de vacinação, além da circulação de diferentes vírus ao mesmo tempo, são apontadas como um dos principais motivos por médicos da região e dos serviços de saúde do Município.

A pedido do DHS, um levantamento foi realizado observando a realidade atual dos leitos da Santa Casa local, HBU, e da Santa Casa e do Hospital das Clínicas de Marília, hospitais de referência com atendimento infantil, onde aponta que as internações nestas instituições mais que dobraram nos últimos dias.

Raquel Contente, médica e diretora clínica da Santa Casa de Pompeia, relatou a Coordenadoria de Saúde do Município que o hospital da cidade já se encontra lotado. Segundo a doutora, as internações começaram a crescer no início do ano, chegando ao máximo da capacidade agora em março. "São vários vírus circulando ao mesmo tempo", disse a médica.

Os especialistas chamam atenção para infecções respiratórias causadas pela epidemia de três diferentes vírus, a chamada tripledemia— a coexistência de três epidemias virais respiratórias. Os vírus são: Sars-Cov-2, causador da covid-19, VRS (vírus sincicial respiratório) e influenza, da gripe. "Este cenário é preocupante, pois dois ou mais tipos de infecções respiratórias afetando várias crianças ao mesmo tempo é um sinal de alerta", completou Raquel.

Adalberto Bento, superintendente do DHS, reforça que o aumento nas internações tem ligação direta com a baixa procura na atualização das cadernetas de vacinação. "Com a volta das aulas, as crianças ficaram mais expostas a vários tipos de vírus e se infectam com maior frequência. Um dos motivos, sem dúvida, é a baixa cobertura vacinal. Muitas mães acham que seus filhos já estão imunizados pós surtos dos anos anteriores, mas a pandemia ainda não acabou e todo esquema vacinal deve estar completo para que a criança fique imune a estes vírus", frisou o gestor.

Dados do Programa de Imunização do Estado de São Paulo indicam que 1.261 crianças de três a onze anos tomaram a primeira dose da vacina contra a covid, enquanto 871 tomaram as duas doses do imunizante. Há 2.709 crianças nessa faixa etária em Pompeia.

"As internações de hoje não são tão graves como no início da pandemia, mas há aumento, por isso, eu reitero a importância de imunizar todas as crianças, pois a vacina protege de infecções graves", finalizou Adalberto.
Rodolfo M

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