Economia

Após força-tarefa, IBGE conclui censo e diz que mais de 31 mil pessoas vivem na Terra Yanomami

Por Portal NC

31/03/2023 às 13:54:23 - Atualizado há
Ministério do Planejamento e Orçamento informou que foram entrevistados 26.854 moradores da Terra Indígena Yanomami e mais de 5 mil foram identificados através de helicópteros. Equipes de recenseadores do IBGE durante coleta na Terra Indígena Yanomami

Lucas Wilame/Rede Amazônica

O Ministério do Planejamento e Orçamento informou que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) concluiu a coleta de dados para o Censo Demográfico junto aos moradores da Terra Indígena Yanomami.

Ao todo, mais de 31 mil pessoas foram contadas vivendo em áreas Yanomami. Os dados detalhados ainda serão apresentados.

A coleta foi concluída nesta quinta-feira (30). Nesta sexta (31), os supervisores e recenseadores do IBGE deixam a base de Surucucu, mantida pelas Forças Armadas, de onde saíam em voos de helicópteros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para coletar os dados censitários nas aldeias.

A operação durou 23 dias e envolveu uma força-tarefa do governo federal para garantir que o máximo possível de indígenas Yanomami fossem recenseados.

Segundo dados informados pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, foram entrevistados 16.560 Yanomami em aldeias dentro do território de Roraima e outros 10.294 em aldeias localizadas no Amazonas.

A operação identificou ainda mais de 5 mil indígenas vivendo na Terra Yanomami. Porém, esses mais de 5 mil não têm contato direto com pessoas de fora e, por isso, foram contados de helicóptero, mas não entrevistados pelos recenseadores do IBGE.

Há dois meses, o governo declarou emergência em saúde pública no território Yanomami, onde indígenas atravessam uma crise sanitária. Uma das causas do problema é o avanço do garimpo ilegal na localidade.

Recenseadores do IBGE na comunidade indígena Xerimihik, na Terra Indígena Yanomami.

Yara Ramalho/g1 RR

Conclusão do Censo

Desde 1º de março, o IBGE conduz a etapa de apuração do Censo, concluído no dia anterior. Durante esse período, que se prolongará até o fim de abril, demógrafos verificam os dados coletados no país. Em alguns casos, há retornos a campo para checar as informações.

Foi durante essa etapa de revisão dos dados que o IBGE foi a campo para concluir o Censo na terra Yanomami, já que muitos indígenas vivem em áreas de difícil acesso e somente 53% haviam sido recenseados durante o trabalho regular do Censo.

Agora, resta concluir o levantamento final dos moradores vivendo em favelas brasileiras. A força-tarefa envolve o governo federal e a Central Única de Favelas e o Data Favela.

Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, a apuração do Censo e as ações finais de coleta de dados serão concluídas até o fim de abril.

Os dados preliminares da pesquisa serão anunciados pelo IBGE em 4 de maio.
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