Economia

TCU constata 95 mil indícios de irregularidades na folha de pagamento da administração pública federal

Foram analisadas as folhas de 839 organizações públicas federais no período de abril de 2022 a março de 2023 e foram encontrados 32 tipos de irregularidades.

Por Portal NC

24/05/2023 às 16:49:32 - Atualizado há
Foram analisadas as folhas de 839 organizações públicas federais no período de abril de 2022 a março de 2023 e foram encontrados 32 tipos de irregularidades. O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou 95 mil indícios de irregularidades na folha de pagamentos da administração pública federal em 2022. O número também engloba ocorrências verificadas em anos anteriores que não receberam esclarecimentos conclusivos até o ano passado.

Ao todo, foram analisadas as folhas de pagamento de 839 organizações públicas federais entre abril de 2022 a março de 2023 e foram encontrados 32 tipos de irregularidades. O relatório com as descobertas foi aprovado no plenário do órgão nesta quarta (24).

Os dez principais indícios de irregularidades identificados foram:

remuneração acima do teto;

acumulação irregular de cargos;

reajuste indevido de valo adicional pago a servidores em função comissionada;

acumulação ilegal de pensão militar;

acumulação ilegal de outros benefícios;

pensão civil sem ato de concessão;

servidor recebendo aposentadoria sem ter saído o ato de concessão;

militar aposentado sem ter saído o ato de concessão;

aposentadoria paga apesar de considerada ilegal ou inepta;

empregado recebendo sem ter saído ato de admissão no sistema e-Pessoal.

As conclusões fazem parte do 8º ciclo de acompanhamento da folha de pagamentos da administração pública federal.

Ao identificar os indícios de irregularidades, o tribunal notifica os gestores, que têm de investigar os fatos e de corrigir eventuais irregularidades.

Ao final da fiscalização, ainda restaram 70,1 mil indícios de irregularidades - dos quais 34,5 mil foram detectados antes de 2022 - que ainda não foram solucionados e continuarão sendo monitorados.

Já as medidas de correção das irregularidades adotadas no ano passado e em fiscalizações anteriores resultaram numa economia mensal de R$ 38 milhões aos cofres públicos, afirma o relatório do TCU.

Auxílio-alimentação

Ao levar o processo para votação no plenário nesta quarta-feira (24), o relator, ministro Vital do Rêgo, destacou casos de pagamento em duplicidade do auxílio-alimentação, o que é irregular.

Ele fez recomendações a parte dos órgãos da administração pública federal para que os servidores assinem uma declaração de não acumulação de benefício, independentemente de a administração pública ter conhecimento de o servidor acumular outro cargo público.

"O problema ainda se mostra atual e relevante, haja vista que, embora o número de pagamentos de auxílios em duplicidade detectados desde 2019 apresente tendência de queda, qualquer melhoria no ambiente de controle sobre despesa tão relevante é capaz de gerar expressiva economia aos cofres públicos", diz o relatório.
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