Economia

Analistas do mercado voltam a reduzir estimativa de inflação e preveem 4,55% para este ano

Expectativa do mercado para a inflação de 2024 variou na margem, de 3,92% para 3,91%.

Por Portal NC

20/11/2023 às 08:49:27 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet
Expectativa do mercado para a inflação de 2024 variou na margem, de 3,92% para 3,91%. Números foram divulgados nesta segunda-feira (13) pelo BC. Economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação em 2023 de 4,59% para 4,55%. A previsão para 2024 variou na margem, de 3,92% para 3,91%.

A informação constam no relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (20) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na última semana, sobre as projeções para a economia.

A percepção dos economistas foi ouvida na semana em que o governo descartou a possibilidade de alterar, já na discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a meta de "déficit fiscal zero" – ou seja, de não aumentar a dívida pública federal em 2024 para ampliar gastos.

A decisão é vista como um sinal positivo pelo mercado, já que a meta representa uma sinalização do governo de compromisso com o arcabouço fiscal e com o controle das contas públicas. O descontrole das finanças do governo é um dos elementos capazes de impulsionar a inflação do país.

A meta ainda pode ser alterada no fim do ano, na votação do Orçamento de 2024, ou em março, quando o governo fizer o balanço do primeiro bimestre do ano que vem.

Com a queda, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 segue abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta central de inflação é de 3,25% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano.

Se a projeção do mercado financeiro se confirmar, será interrompida uma sequência de dois anos de descumprimento da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%. E, em 2022, a inflação somou 5,79%.

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Para 2024, a estimativa de inflação voltou aos 3,91% medidos há duas semanas. Na semana anterior, o índice tinha oscilado para 3,92%. A meta de inflação é de 3%, e será considerada cumprida se o resultado ficar entre 1,5% e 4,5%.

Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem.

Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.

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Produto Interno Bruto

Sobre o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, o mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento de 2,89% para 2,85%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

Já para 2024, a previsão de crescimento da economia do mercado financeiro permaneceu inalterada em 1,50% pela nona semana consecutiva.

Taxa de juros

Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2024.

Atualmente, a taxa Selic está em 12,25% ao ano, após três reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.

Para o fim de 2023, o mercado financeiro manteve a projeção para a taxa Selic em 11,75% ao ano.

Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável em 9,25% ao ano.

Outras estimativas

Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC:

Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 ficou estável em R$ 5. Para o fim de 2024, a estimativa caiu de R$ 5,08 para R$ 5,05.

Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu pela sétima semana seguida – desta vez, de US$ 76 bilhões para US$ 77 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 62,7 bilhões para US$ 63,65 bilhões.

Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano caiu de US$ 69 bilhões para US$ 64,7 bilhões de ingresso. Para 2024, a estimativa de ingresso recuou de US$ 73 bilhões para US$ 70 bilhões.

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